VAMOS FALAR DE PROJETAR?
EMPREENDENDO EM GENTE
Constituir uma Associação, ONG, Oscip, Cooperativa, Clube ou Grupo com foco em um projeto social pode ser um processo fácil, simples, rápido e tranquilo.
No entanto, manter uma instituição sem fins lucrativos ativa, funcional e próspera é uma verdadeira mudança de cenário, passando de um sonho idealizado para uma realidade repleta de desafios e incertezas.
É simples: em um projeto social, lidamos com pessoas. E as pessoas são complexas e por vezes não conseguimos satisfazer todas as suas expectativas. Por isso, é essencial adaptar constantemente o nosso projeto às necessidades daqueles que serão beneficiados por ele.
Eu tinha uma ideia – lembra?
A ideia veio à mente durante uma reunião com o Secretário de Governo da Prefeitura, onde um grupo de diretores de uma associação também estava presente para dialogar com o Prefeito. Foi nesse contexto que surgiu meu interesse em criar um projeto social para o meu bairro.
Comecei a trabalhar nessa ideia.
Para mim, era simples criar um Estatuto, um Regimento Interno e toda a documentação necessária para uma Instituição. No entanto, o aspecto mais importante, o resultado final do projeto, era o fator humano. Portanto, iniciei uma pesquisa para identificar as pessoas adequadas para formar a diretoria e definir o público-alvo para o trabalho proposto.
Inicialmente, fiz uma análise de todos os meus vizinhos, ex-alunos e conhecidos.
O modelo ideal para cumprir nosso objetivo social, que abarca todos os interesses e satisfaz as necessidades dos moradores e proprietários do bairro, seria o de uma Associação de Moradores.
Uma área inserida num contexto de proteção ambiental e de mananciais, cercada por propriedades de lazer ou agrícolas, alguns comércios, mas, de pouco atrativos de políticas públicas e equipamentos públicos municipais.
E assim incrementamos nosso Estatuto com defesa dos interesses coletivos e difusos para atender a todos.
Após convidarmos alguns vizinhos, iniciamos reuniões para discutir diversos temas, incluindo a escolha de um nome para a instituição. Durante esse processo, um dos diretores sugeriu denominá-la "Associação de Moradores e Proprietários". Discordo dessa nomenclatura por acreditar que ela estabelece uma distinção de classe econômica. No entanto, como não houve oposição dos demais, o nome foi adotado e, com o tempo, a sigla AMPMF se popularizou.
Por que contei essa história aqui?
É muito simples: essa história é um capítulo da minha vida e trouxe grandes lições que guiaram todo o trabalho até as páginas deste blog.
Empreender significa inovar, e inovar envolve levar projetos até outras pessoas. Dessa forma, diversas ideias e projetos emergiram dentro de um microprojeto, o que resultou em novas oportunidades para geração de renda e em atrativos para o bairro.
É evidente que isso requer tempo e bastante determinação, mas sem dúvida, proporcionou uma grande experiência para todos nós.
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