PAPEL SOCIAL

O QUE É PAPEL SOCIAL?

O "Papel Social é o conjunto de expectativas de comportamento padronizado em relação a cada uma das posições (status) existentes em uma sociedade"¹

papel-social

Por ser uma expectativa, o papel social, compreende as ações e atitudes que os outros esperam de nós em função do 'status' social que possuímos.

Como atores sociais, não agimos isoladamente na sociedade; novos papéis emergem constantemente. Isso não significa que alteramos nossa essência ou os traços fundamentais de nossa personalidade ao nos engajarmos em diferentes realidades ou ambientes. 

As relações interpessoais e sociais são moldadas por um conjunto de elementos culturais e jurídicos que organizam a sociedade. 

Assim, nosso comportamento se adapta a cada contexto temporal. De maneira espontânea e em resposta aos desejos alheios, nos ajustamos a novas realidades, muitas vezes sem perceber as mudanças comportamentais exigidas pelo ambiente.

 

Podemos considerar que, de certa forma, essa integração de papéis é involuntária e constante, porque estamos sempre em contato com outras pessoas durante nossas vidas. Não quer dizer que: o indivíduo quando sozinho, também não ocupe e desempenhe o seu papel social, pelo contrário, ele é um ator social mesmo que temporariamente isolado.

Durante as nossas vidas ocupamos papeis de filhos, pais, avós, alunos, professores, médicos, presos, e etc., o tempo todo desenvolvemos vários papeis e até mesmo simultaneamente, como exemplo: ser mãe e professora numa mesma ação social.

O papel social define a estrutura social e as expectativas estão associadas aos deveres e direitos de cada ator social criando um envolvimento de comportamentos, pensamentos e sentimentos que determinam a consciência coletiva num cenário artificial criado pela sociedade.

Portanto, o papel social de uma pessoa está relacionada à sua atuação social dentro dos limites que a sociedade exige dessa atuação devendo o indivíduo respeitar as normas e obrigações inerentes ao convívio em grupo.

É a sociedade que organiza o indivíduo para agir e contracenar em seus múltiplos espaços artificiais e organizado pela ação social do próprio homem, como ocorre no ambiente de trabalho, de lazer, de estudo e religioso, mas podemos considerar que o único ambiente que não é construído pela sociedade, mas é dele que tudo deriva, é o ambiente familiar, surgindo de forma natural através dos laços da afinidade ou consanguíneo.

E, assim temos que:

"Os papéis sociais, com sua estrutura e dinâmica, repetem e concretizam, num âmbito microssociológico, a estrutura de contradição e oposição básica que se realizam num âmbito maior entre papéis históricos constituídas pela relação dominador-dominado

papel social das crianças

Retornamos ao contexto histórico social estudado até agora, no qual a divisão do trabalho organiza o espaço social e determina os distintos lugares ocupados pelos indivíduos na sociedade.

Aqueles que possuem os meios de produção dominam temporariamente aqueles que têm a força de trabalho, e cada um, dentro desse cenário, assume o 'status' de um ato social. Todos interagem, desde que sejam respeitadas as regras criadas e definidas pela organização social.

Entretanto, cada papel desempenhado pelo indivíduo situa-se em uma localização geográfica social, inserido em uma escala hierárquica e padronizada.

Na antiguidade, a sociedade era dividida entre escravos e senhores. Hoje, a divisão social é frequentemente associada ao 'status' social e ao capital econômico, que definem a posição do indivíduo na estrutura de classes estabelecida pela sociedade.

Nas sociedades primitivas a localização social do homem dentro de um mesmo grupo ocorria de acordo com sua força física, idade e sexo.

Esses pilares permanecem de pé até hoje, porém, a eles se agregaram elementos mais práticos como poder, normatização dos atos sociais, capital e meios de produção.

CONCLUSÃO

Portanto, conclui-se que: por meio dos meios de produção, o homem adquire uma posição social baseada em seu 'status'. É por intermédio desse 'status' que ele exerce um papel social conforme as expectativas da sociedade. Além disso, é por esse 'status' social que se define nossa colocação hierárquica no contexto socioeconômico da sociedade à qual fazemos parte.

Por esse motivo, importante, é saber e conhecer a qual 'status' social pertencemos.

Observe que existe um diferença entre "papel" e "status social", embora eles possam estar relacionados em algumas situações.

Papel social se refere às expectativas e comportamentos associados a uma posição ou função específica em uma sociedade ou grupo. Por exemplo, o papel de um professor é ensinar e orientar os alunos, enquanto o papel de um médico é cuidar da saúde dos pacientes. Os papéis sociais são definidos pelas normas culturais e expectativas da sociedade sobre como uma pessoa em determinada posição deve agir.

Status social se refere à posição ou classificação de uma pessoa dentro de uma hierarquia social ou estratificação. É uma avaliação da posição relativa de uma pessoa em relação aos aos outros com base em fatores como riqueza, poder, prestígio, influência, educação e outras características sociais ou econômicas. O status social pode ser atribuído ou conquistado e é frequentemente associado a vantagens ou desvantagens em termos de acesso a recurso e oportunidades.

Embora os conceitos sejam distintos, eles podem estar inter-relacionados. Por exemplo, uma pessoa pode ter um papel social que confere a ela um status social elevado, como um médico respeitado ou um empresário bem-sucedido. Por outro lado, uma pessoa pode ter uma papel social que não é muito prestigiado e, portanto, pode ter um status social mais baixo, como uma posição de trabalho com baixa remuneração e pouco reconhecimento social.

Em resumo, o papel social está relacionado ao conjunto de expectativas e funções associadas a uma posição em um grupo ou sociedade, enquanto o status social está relacionado a posição relativa de uma pessoa na hierarquia social com base em diversos fatos. 

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DAHRENDORF, Ralf. Homo Sociologicus. Trad. De Manfredo Berger, Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, 1969, p.
54.
ii NETO, Naffah. A Psicodrama, Descolonizando o Imaginário. São Paulo, Brasiliense. 1979, p.34

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