MOBILIDADE SOCIAL
Diversos elementos institucionais têm sido estabelecidos para estruturar a organização social dos indivíduos.
Novos papéis e status sociais são estabelecidos conforme o nível de merecimento de cada pessoa.
Além da nova organização social dos clãs, existe uma organização recém-formada que leva em conta as diferenças climáticas, genéticas, hereditárias e sociais.
Aparece uma nova figura social com a missão de fomentar a diferenciação entre grupos humanos, a estratificação de classes baseada na divisão social do trabalho, formando setores da população relativamente homogêneos em termos de interesses, oportunidades de vida e participação na distribuição de recompensas socialmente valorizadas.
Nos países com estratificação acentuada, como a Índia, as crenças religiosas contribuem para a manutenção de um sistema social organizado em castas distintas, geralmente aceitas por todos os indivíduos.
O sistema social, sustentado por estratificações, está vinculado a crenças, valores e normas originadas de conceitos religiosos dogmáticos estabelecidos há milênios, cujas origens e ideais se perderam com o tempo.
É sabido que a ordem social surgiu da necessidade do homem de adaptar seu modo de vida às condições naturais impostas pelo clima, tempo e espaço.
O surgimento do fogo, da roda, da domesticação de animais, da sedentarização e da divisão do trabalho.
Tudo isso nos leva a conceber mecanismos sociais para organizar o grupo de indivíduos.
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Começamos a classificar os instintos naturais conforme a vontade social e o surgimento de instituições que nos regulamentaram segundo a necessidade de conviver em grupo de maneira harmoniosa com o ambiente natural.
A sociedade constitui-se de um sistema complexo de relações sociais, que são reguladas por um ordenamento jurídico, econômico e moral estabelecido pelo ser humano.
Não existe um ser Onipotente capaz de reger o Universo, existe um conjunto de seres, que em determinado período e espaço organizam a vida grupal de acordo com fatores filosóficos, históricos, econômicos entre outros fatores.
No nosso entender essa estratificação social é tão sútil que os indivíduos não percebem a tênue linha separatista da divisão social.
Eles podem até se rebelar contra o sistema e tentar adquirir um veículo automotor do ano, mas rapidamente retornam aos seus papéis subordinados assim que surge sua revolta ideológica.
Eles não percebem que é o próprio sistema que lhes concede a permissão para se inflarem e retornarem ao 'status quo' original.
A estratificação na Índia é definida em castas regidas pela espiritualidade daquele povo.
Essa estratificação social origina-se de fatores religiosos e culturais associados ao 'status' de nascimento, isto é, a hierarquia de castas está vinculada à hereditariedade familiar desse grupo.
"A divisão em classes contribui para a estabilidade da República, por exemplo, por possibilitar a temperança, definida por Sócrates como o "freio que se põe aos prazeres e paixões" (PLATÃO, 1947, P. 14), que o governo deve ter."¹
Pensando dessa forma, compreende-se que as castas são preservadas em uma hierarquia rígida, onde as relações sexuais entre elas não permitem a miscigenação de homens de castas diferentes.
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Durante o Brasil colonial, homens brancos mantinham relacionamentos com mulheres negras e os filhos mulatos resultantes dessas uniões permaneciam na condição de escravos.
Na classificação de Platão, o homem era confinado à sua casta por ordem de nascimento, e assim, permanecer em uma casta específica era uma condição natural herdada. Por essa razão, o indivíduo não questionava seu papel social, e a ordem social era estabelecida conforme a vontade dominante do Estado.
Nesse contexto Rousseau considerou:
"Se um particular diz Grotus, pode alienar a liberdade e torna-se escravo de um senhor, por que não poderia todo um povo alienar a sua e se fazer vassalo de um rei? Há aqui excesso de termos equívocos, necessitados de explicação; mas atenhamo-nos ao termo alienar. Alienar é dar ou vender. Ora, um homem que se escraviza a outro não se dá, vende-se, pelo menos em troca da subsistência; mas um poço, por que se vende ele? Longe se acha um rei de fornecer a subsistência dos vassalos; ao contrário, deles é que tira a própria, e, segundo Rabelais, um rei não vive de pouco. Os vassalos dão, portanto, suas próprias pessoas com a condição de que se lhes tome também a fazenda. Não vejo o que lhes resta a conversar"²
O ser humano nasce livre, porém as convenções estabelecidas pelas instituições, que são formalizadas com base em julgamentos de valores éticos, morais, econômicos e sociais, criaram condições que estratificam os indivíduos dentro de um grupo social.
O conceito de poder, emergindo da organização social e natural da evolução humana, manifesta-se através do Estado como um instrumento de ordenamento jurídico institucional, formulado por leis estabelecidas por um coletivo de indivíduos representando as diversas classes sociais.
O ser humano é livre; contudo, a estratificação social permanece sutilmente enraizada no fator econômico, conforme a divisão social do trabalho.
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