EMPREENDEDOR CARISMÁTICO VS. PRAGMÁTICO
É pra já! Usei todas as minhas economias e iniciei algo sem ter a menor ideia de onde isso iria me levar.
Para você idealizar um projeto qualquer que seja ele (empreendedor, serviços, produto, social, educacional, cultural, etc., etc., etc.), você tem que ter uma Visão sobre aquilo que você pretende fazer ou realizar.
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Acervo pessoal |
Mas essa visão precisa refletir o futuro que você almeja para si e para o seu empreendimento, de forma a atender e solucionar as necessidades daqueles que você deseja alcançar.
E, para começar, é fundamental lembrar que todo projeto que busca alcançar pessoas nasce com alguém que dá início a um movimento.
Para isso, é preciso ter carisma?
Toda pessoa carismática tem o poder de engajar pessoas, mas nem toda pessoa carismática é pragmática.
Essa frase expõe, com precisão, dois vetores distintos do carisma:
- Engajamento emocional X realização prática, ou seja: O carisma é antes de tudo, uma capacidade de mobilizar afeto e atenção. Isso exige presença, narrativa cativante e empatia, mas não garante a habilidade de traduzir a energia coletiva em planos executáveis, prazos, *KPIs ou resultados concretos. Pode-se inspirar multidões sem saber operar um cronograma;
- Líder visionário X líder operacional, vamos usar um exemplo: historicamente, vemos a dicotomia: Gandhi ou Martin Luther King Jr. mobilizaram milhões com discursos arrebatadores, mas dependiam de aliados "pragmáticos" (organizadores sindicais, estrategistas políticos) para concretizar greves, marchas e legislação. Já figuras como Eisenhower ou Angela Merkel são vistas como menos "carismáticas" no sentido teatral, mas eficazes em implementar políticas complexas;
- Implicações para gestão e política: Em times ou governos, o ideal é a dupla complementar: o carismático que articula a visão e o pragmático que desenha o roadmap*. Quando uma mesma pessoa reúne ambos, temos o perfil raro de "líder transformador executivo" (ex. Steve Jobs na fase pós-1997).
Também é importante considerar outras características da personalidade e do caráter de uma pessoa que deseja alcançar seu próprio reconhecimento profissional.
Você tem um sonho, mas depois de realizado, ele ganha vida própria.
Em alguns momentos, essa pessoa pode idealizar todo o processo, mas entender que seu papel é apenas o de fomentador e formador de um negócio que seguirá seu próprio caminho pode ser complicado. Isso ocorre porque existem apegos que tornam o empreendedor alguém que viu seu sonho se concretizar, mas não soube lidar com a separação entre o sonho e a independência do negócio.
Muitos empreendedores carismáticos, não percebem que a "empresa é um filho que cresce e tem que andar sozinho depois de adulto", ou seja: TEM VIDA PRÓPRIA.
Vamos entender melhor?
- Idealização vs. Realidade: O fundador costuma imaginar cada detalhe do futuro da empresa exatamente como sonhou; quando o negócio cresce e precisa de processos, méritos ou até de novos líderes, ele sente que "estão estragando" sua visão original;
- Apego emocional e Identidade fundadora: O empreendimento funciona como extensão do 'eu' do empreendedor; separar-se dele implica perder parte da identidade. Isso gera resistência a delegar, a aceitar * feedback de investidores ou a *pivotar o modelo;
- Transição de "criador" para "formador": A difícil aceitação do seu novo papel: deixar de ser executor-artista para ser o arquiteto que "cria as condições para que outros tomem decisões". A empresa passa a existir "apesar" dele, não "por" ele.
- Risco de sabotagem involuntária: Quem não consegue essa separação acaba travando crescimento (micro-gestão, veto a mudanças, rejeição de sócios), podendo até afundar o que ajudou a criar.
Em resumo, é o drama de quem precisa "amadurecer mais rápido que o próprio sonho"; caso contrário, o sonho vira limite, em vez de motor.
Bons empreendedores, estão sempre olhando para o futuro. Olhando para o horizonte e sabendo que além daquele vale verde - na foto lá de cima - tem muitas oportunidades.
A dualidade entre o líder carismático e o pragmático não é um dilema, mas sim uma oportunidade.
Ao reconhecer que a visão precisa ser complementada pela ação e que o seu negócio precisa de espaço para crescer por conta própria, você se liberta da necessidade de controlar tudo e abre caminho para um futuro sustentável.
A chave para o sucesso duradouro não é apenas criar o sonho, mas também ser capaz de amadurecer mais rápido que ele, permitindo que a empresa se torne maior do que a sua visão inicial.
✅Chegou a hora de agir! Avalie hoje mesmo o seu estilo de liderança e identifique qual aspecto - carisma ou pragmatismo - você precisa desenvolver.
✅ Este é o momento de soltar as rédeas e focar no futuro do seu negócio, não no passado.
✅ Comece a aplicar essas lições e transforme sua visão em um realidade que prospera por si só.
Veja o que significa:
**Feedback**
é o retorno, a resposta ou a reação que alguém dá sobre uma ação, comportamento, produto ou serviço. Pode ser positivo (elogios, aprovação) ou negativo (críticas, sugestões de melhoria), e serve para corrigir, orientar ou incentivar quem o recebe.
Recomendações de Livros de Liderança
Aqui estão três sugestões que cobrem diferentes estilos e habilidades:
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Para o Pragmático: Empresas Feitas Para Vencer de Jim Collins. Este livro é perfeito se você quer entender a ciência por trás de uma liderança de sucesso. Ele se baseia em uma pesquisa rigorosa para identificar as características de empresas que se tornaram extraordinárias. O foco é em disciplina, processos e o papel de um líder discreto e focado, que coloca a empresa acima de tudo.
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Para o Carismático: Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas de Dale Carnegie. Um clássico atemporal. Embora não seja estritamente um livro de liderança, ele ensina as habilidades sociais e de comunicação essenciais para qualquer líder. O livro foca em como construir relacionamentos genuínos, inspirar confiança e motivar as pessoas, o que é a base do carisma e da influência.
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Para o Líder Moderno: A Coragem Para Liderar de Brené Brown. Brené Brown redefine a liderança para o mundo atual, focando na importância da vulnerabilidade, da coragem e da empatia. É ideal para quem busca uma liderança mais autêntica e conectada, que não tem medo de mostrar fraqueza para construir equipes mais fortes e resilientes.
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