EMPREENDEDORISMO X EMPREENDEDORISMO POR NECESSIDADE

Segundo o dicionário Priberam, "empreendedorismo é a “atitude de quem, por iniciativa própria, realiza ações ou idealiza novos métodos com o objetivo de desenvolver e dinamizar serviços, produtos ou quaisquer atividades de organização e administração”.

O Sebrae define empreendedorismo através do conceito formalizado em 1942, no livro “Capitalismo, socialismo e democracia”, do economista austríaco Joseph A. Schumpeter, que leciona que o: “empreendedor é o responsável pela realização de novas combinações”, em nosso singelo entendimento temos que: sendo o empreendedorismo uma ação do agente que empreende, teremos uma transformação de um negócio ou situação socioeconômica que já exista em algo inovado, reformado para crescer e ter sucesso. Esse sucesso, deve estar diretamente ligado a algo sustentável, que seja capaz de sustentar uma coletividade ou apenas a empresa desse agente idealizador.

Então, temos que o agente empreendedor é uma pessoa que busca novos resultados para atividades econômicas que estavam defasadas de ideias, ideais, sustentabilidade e o principal: lucros adquiridos com a venda dos produtos ou serviços realizados.

Assim pensando, temos que, atualmente, existe uma ideia generalizada de que todas as pessoas que constituem uma micro ou pequena empresa, é um empreendedor, ou ainda que, todo aquele que é trabalhador autônomo ou profissional liberal é empreendedor o que não condiz com a realidade.

O empreendedor é aquela pessoa que detecta uma oportunidade positiva e lucrativa nas situações mais diversas possíveis. Sua capacidade intelectual está voltada a criar soluções para obter resultados práticos e favoráveis aos problemas cotidianos. Esse individuo está sempre apto a mudar seu ponto de vista para novas perspectivas, desde que, constate a possibilidade de ser bem sucedido naquilo que está projetando para mudar os modos de produção, a sua real intenção não é a obtenção de lucro, como visa o empresário, mas é a obtenção da solução ideal para resolver um conflito de interesses. 

É por esse motivo, que não podemos generalizar o conceito de empreendedora ampliando para todas as pessoas que constituem uma Pessoa Jurídica, e, nem de empreendedorismo para a ação desenvolvida por essa nova pessoa jurídica.

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Nesse momento podemos fazer aquela breve distinção de que: nem todos os empresários podem ser um empreendedor. E, nem todo autônomo ou profissional liberal é um empreendedor.

De acordo com o SEBRAE o:

“empreendedor e empresário não são sinônimos. Muitos confundem e poucos veem as diferenças. Mas empreendedor e empresário têm papéis distintos e exigem competências diferentes. Ou seja, nem todo empreendedor é empresário, assim como nem todo empresário é um empreendedor. A confusão ocorre porque muitos desconhecem as características de um empreendedor e as de um empresário. Para muitos, empreendedor e empresário é quem abre um negócio. Abriu um negócio, pensam que é tudo a mesma coisa – o que definitivamente não é.”

O trabalhador autônomo também em si, não é um empreendedor.

Trabalhador autônomo é aquele que possui alguma habilidade para desenvolver um trabalho. Esse profissional não precisa, necessariamente, ter uma qualificação profissional (porém, entendemos ser sempre bom buscar o conhecimento para adquirir mais experiências e habilidades, mas esse é um posicionamento nosso). O autônomo não possui qualquer vínculo trabalhista com uma empresa, trabalhando independentemente. Não possuem direitos trabalhistas como FGTS, 13º salário, folga semanal, férias, porém, podem contribuir para com a Previdência Social, através do pagamento mensal das contribuições ao INSS – Instituto Nacional de Seguro Social.

“A alíquota.  de 11% é destinada ao contribuinte individual que não presta serviço e nem tem relação de emprego com pessoa jurídica, e ao facultativo, que não exerce atividade remunerada. Esta opção de contribuição permite o recolhimento de 11% sobre o salário mínimo e garante o direito a todos os benefícios do INSS”.


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