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EMPRESÁRIO INDIVIDUAL

COMO FUNCIONA ESSE NEGÓCIO DE SER EMPRESÁRIO INDIVIDUAL? Ser um empresário individual implica em gerir uma atividade empresarial por conta própria , sem a presença de sócios. Não existe um requisito de capital social mínimo para iniciar; isto é, não se exige um valor inicial de investimento no empreendimento. Imagem gerada pela IA Copilot Microempresas ou empresas de pequeno porte podem optar por regimes tributários como o Simples Nacional, Lucro Real ou Lucro Presumido. A razão social de uma empresa corresponde ao nome civil do proprietário, seja completo ou abreviado, e a transferência da empresa só é possível em caso de falecimento do proprietário ou mediante autorização judicial. Quer entender melhor? Portanto, leia até o final deste artigo e, em seguida, realize a atividade que disponibilizaremos no Caderno de Respostas: Ideias e Soluções para ajudá-lo a começar a planejar sua empresa. EMPRESÁRIO INDIVIDUAL (EI) O Empresário Individual (EI) pode ser entendido como um regime em

A EMPRESA SERÁ SUA UM DIA, ATÉ LÁ SOU EU QUEM MANDO NELA!!!

 

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Trabalhar em família pode ser algo bem difícil. Já pensou o dia em que todo mundo resolveu levantar de ovo virado? Mas, também é um negócio que sempre dá certo, principalmente, quando todos os membros trabalham pela mesma causa, que será manter o negócio em pé diante todos os processos internos e externos.

Quero tratar deste assunto primeiro, antes de escrever sobre a Empresa familiar rural, que não difere muito em se tratando de relacionamentos familiares, mas, que, essa modalidade de empreendimento está vinculada a propriedade rural e suas características e função.

FAMÍLIA EMPREENDEDORA

Para começar é a família empreendedora que adequa suas necessidades ao negócio. Ou seja, a prioridade absoluta é o negócio.

Detalhe: Negócio em família não pode ser misturado a casos de família. Então, feito essa distinção com seus parentes. Comece a pensar em constituir sua empresa.

Constituir uma Empresa Familiar pode ser uma boa dor de cabeça, mas também um excelente modo de gerar renda para todos os familiares e para a comunidade, pois que, existem interesses comuns que acabam beneficiando todos os envolvidos e o próprio patrimônio que pode ser melhorado.

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Entre os membros de uma Empresa Familiar existe uma intimidade maior, o que facilita as relações de autoridade, pois, que, muitas dessas empresas mantem um sistema de hierarquia do tipo patriarcal, deferindo a autoridade, ou o respeito, aos mais experientes, que, mantem uma facilidade em se relacionar com os demais membros da família/empresa. È o patriarca também que definia as funções de cada um, distribuindo tarefas entre todos os funcionários que são seus filhos, sobrinhos, irmãos, primos, tios e agregados.

Basta observar como o dono da padaria perto da sua casa administra o estabelecimento, na realidade, nem se pode considerar uma gestão familiar, é mesmo uma relação de ‘comando familiar’. Todos executam o trabalho da forma pré-estabelecida pelo chefe da família, que transmite aos seus herdeiros os velhos ‘comandos’ administrativos de seu pai ou seu avô, que segue a tradição familiar como conseguem definir.

Os fundadores dessas empresas são ambiciosos e sonham em prosperar preservando o negócio e o patrimônio da empresa por um longo tempo o que facilita também a dedicação e o envolvimento de todas os membros devido ao fato de que todos entendem dos rendimentos desse trabalho.

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Os filhos do fundador, seguem na condição de subordinados e, muitas das vezes, terminam apenas o ensino médio, não se qualificam profissionalmente para gerirem a empresa, isso ocorre pela falta de tempo que esses trabalhadores acabam por ter, pois na condição de sucessores da empresa familiar, acabam exercendo suas funções laborais por período superior ao definido pela legislação trabalhista, o que acarreta a falta de descanso, de horários para estudos e lazer. Os filhos – trabalhadores - que concluem o ensino superior quase sempre não concluem cursos de gestão, se voltam para as demais áreas do terceiro setor e não tem interesse em dar continuidade a gestão das micros e pequenas empresas familiares.

Também existem outras situações dentro de uma empresa familiar quanto ao fato daquele cunhado que está desempregado e sua irmã com jeitinho te pede para arrumar algo em sua empresa para ele fazer enquanto, não arruma um emprego na área em que se profissionalizou, só que isso já faz mais de 10 anos que ele está lá na empresa – encostado como você sempre diz para sua mulher quando antes dormir todas as noites, certo? – Enfim, como demitir o cunhado folgado sem criar uma guerra familiar?

É por esse motivo que tornamos a repetir: não misture suas emoções com o negócio familiar propriamente dito.

FAMÍLIA É FAMÍLIA. 
NEGÓCIO É NEGÓCIO

Mãe-nervosa-separando-brigada-de-filhos-menina-meninoEvite colocar parentes despreparado para ocupar determinados cargos, os riscos de que os resultados da empresa sejam afetados são imensos, portanto, ou não os empregue ou os prepare para ocupar posições de governança, técnicas ou financeiras. Analise suas competências e distribua tarefas adequadas para a sua capacidade. Se não quer brigar com sua irmã, e nem perder a esposa, qualifique o seu cunhado para que ele tenha alguma aptidão profissional.

Esse erro de não separar os assuntos pessoais dos profissionais é muito comum dentro de todas as empresas familiares. Então, não se desespere e pratique você também uma grande lição de vida, busque sempre novos aprendizados e pratica o ato de saber ouvir, talvez seus filhos de tanto aprender com a sua forma de conduzir sua empresa tenha uma nova opinião que possa te ajudar a resolver um conflito ou cumprir prazos. Seja mais flexível.

“Um processo que em sendo implementado nos negócios familiares é a gestão de desempenho, já muito utilizada nas multinacionais”, de acordo com Carolina Mirabeli, psicóloga pela PUC – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e consultora em recursos humanos, liderança e carreira.

Mantenha sempre em mente que o melhor processo para se arrumar a casa deve ser o de tirar todo o material que não está mais em uso, escolher o que se dá para aproveitar, analisar bem o que se pode doar, vender ou jogar no lixo, depois de tudo bem faxinado deve-se colocar as coisas no lugar. Exemplo bem bobinho, mas bastante funcional se você quer continuar trabalhando ao lado de todos os seus familiares. Então, comece a elaborar o seu plano de ação e constitua uma lista prioritária de afazeres para a gestão da sua empresa, chame terceiros que possam te auxiliar – sempre bom conversar com um advogado e um contador que possa também conversar com os demais membros da família. Faça cursos de capacitação em instituições comprometidas.

Não fique envergonhado, como estamos tratando de um negócio de interesses pessoais e econômicos, sempre é válido que tanto o fundador como os membros da empresa passem a ter um acompanhamento psicológico para compreender melhor as emoções de cada um.

Já pensou como fica a cabeça de um casal que trabalha juntos na empresa, de repente, conviver com uma crise de ciúmes ou deixaram de ir buscar um filho na escola e passa um a culpar o outro pela irresponsabilidade, e começam a brigar na frente do cliente? Ou se, os resultados da empresa não forem satisfatórios num determinado período? E, você creditar a crise financeira da empresa ao desempenho de um filho que queria muito ir viajar nas férias escolares?

A verdade é que realizar projetos em família é extremamente desafiador.

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FAMÍLIA QUE TRABALHA UNIDA TAMBÉM TEM MUITAS VANTAGENS

Um dos tipos mais comum, de empresa familiar é o de capital fechado com controle administrativo e financeiro exercidos pela própria família, principalmente, quando estão na primeira geração e em plena constituição. 

Capital Fechado, é aquele que pertence a um grupo restrito de acionistas, não oferecendo participações societárias aos investidores na forma de ações negociadas na bolsa de valores. Um novo sócio somente será aceito se um dos proprietários decidir vender a sua parte na sociedade familiar.

Caso um dos proprietários da Empresa Familiar resolver vender a sua parte para uma terceira pessoa, a Empresa Familiar não perderá a sua característica, mas, deverá ser lavrada a venda no livro de ações da Empresa através de uma Escritura de Transferência dessa parte vendida pelo proprietário que deixou a sociedade.

Vamos fazer uma comparação entre as formas de administração de uma Empresa Familiar ao redor do mundo?

De acordo com o advogado Eduardo Valério, existe diferença entre a gestão da empresa familiar no Brasil e a gestão desse mesmo tipo empresarial nos Estados Unidos.

As empresas familiares nos Estados Unidos, geram cerca de 64% do PIB e empregam 60% da força de trabalho daquele país, sem falar na sua tradição cultural e histórica, ao passo que no Brasil, as empresas familiares ainda se encontram entre a 2ª geração de membros de uma mesma família, e, salvo raríssimos casos, algumas empresas estão na 3ª geração, e, mais raro ainda é uma empresa familiar com a governança exercida pela 4ª geração de empreendedores familiares, o que demonstra que muitas empresas familiares em terras brasileiras não prosperam devido à falta de interesse na gestão das mesmas após a 2ª geração de empreendedores, e, também devido à falta de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento do grupo de pequenos empreendedores.



No Brasil, quando se fala em políticas públicas voltadas para auxiliar o micro e pequeno empreendedor ainda temos muito que aprender, em outros artigos publicados aqui no Blogger já abordamos vários temas como:

- segurança pública;

- leitura do zoneamento urbano da cidade;

- zona rural e formas de aquisição de imóveis regulares;

- trabalho em casa, entre outros temas relevantes para a inovação empreendedora.

Assunto é o que não falta, principalmente, em relação a necessária implentação de incentivos fiscais por parte do Estado para garantir a subsistência dessas micros e pequenas empresas, tentaremos ao longo do tempo trazer mais temas que auxiliem o empreendedor. 

Somente através da geração de renda é que a sociedade poderá encontrar o equilíbrio econômico e promover a equidade social.

Voltado aos Estados Unidos, estima-se que 30 % das empresas familiares passam para a 2ª geração em plena atividade, desse número apenas 12% sobrevivem e são transmitidas a seus sucessores e, quando chegam na 3ª geração as empresas familiares em atividade já se encontram no patamar de apenas de 5%, percentual que não difere muito da estimativa brasileira. Essa projeção dos números podem derivar do processo sucessório que acabou por desgastar a relação de continuidade da atividade da empresa ou por inúmeros fatores econômicos, crises políticas, e por último o fechamento de inúmeros estabelecimentos empresariais promovidos pela crise na saúde mundial  derivada da pademia. 

Contudo, o que podemos constatar através dos vários estudos levantados durante os últimos anos, é que as empresas familiares mais bem-sucedidas são as que mantem um certo equilíbrio entre a gestão, os sócios e a adequação de uma família dinâmica, flexível e adaptável as tendências do mercado. A resiliência de algumas famílias diante de situações ameaçadoras como as derivadas das crises econômicas é um grande fator para manter a empresa familiar funcionando através do tempo.

Nos Estados Unidos é mais comum, o tipo de empresa familiar de capital aberto, mas também encontramos o exemplo de uma gigante familiar de capital fechado, a gigante de agribusiness presente nos 5 continentes empregando mais de 160.000 pessoas em 67 países, com uma receita de 114, 7 bilhões USD (2018)

Quando o Capital financeiro de uma empresa familiar for do tipo aberto existem mais oportunidades para que, outros investidores participarem da sociedade empresarial podendo resultar na longevidade da empresa através não somente através de novos recursos financeiros, mas também através do capital intelectual e da força de trabalho.

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Segundo dados de uma pesquisa realizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDS, os acionistas da própria família buscam investir a maior parte de seus lucros na estratégia de crescimento da empresa, cujo principal objetivo é aumentar seu tamanho e participação no mercado dobrando o seu patrimônio líquido a cada seis anos. Esses acionistas estão mais preocupados em entrar no mercado e expandir a empresa por várias regiões, preocupando-se menos com a questão da longevidade da empresa no tempo.

De acordo com esse estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social – BNDS, tanto as empresas familiares de Capital Aberto quanto de Capital Fechado, correm o risco de ter algum tipo de dilema futuro, resultado das divergências de opiniões da própria relação familiar. Muitas das vezes, os mais velhos nem sempre aceitam inovações, ou possibilidades de investimento por parte de terceiros, ou até mesmo financiamentos, também não aceitam opiniões dos próprios filhos, pois que, para muitos, os filhos serão donos da empresa após sua morte, e, enquanto esses filhos esperam pelo momento da transição sucessória, são tidos como empregados sem direitos trabalhistas ou administrativos. 

Também não é possível generalizar as falhas de governança de uma empresa familiar, de acordo com a Family Business empresas lideradas por grupos familiares estão muito mais envolvidas com os negócios comerciais por ser exatamente o patrimônio econômico da família. 

Alguns exemplos famosos de empresas familiares que podem ser estudados pelo empreendedor que pretende trabalhar em família:

- Fundada em 1962, a Rede Walmart atualmente, o presidente Rob Walton, é o filho do seu fundador (Sam Walton);

- Fundada em 1903 por Henry Ford, o grupo hoje tem no conselho de administração o bisneto de Ford, William Ford Junior;

- Gigante no setor hospitalar, temos a HCA, que surgiu na década de 1960 fundada pelo médico Thomas Frist e seu filho Thomas Frist Junior.

Pulando para a Europa, encontraremos exemplos de empresas familiares muito mais relacionados com a longevidade do trabalho fundamentado pelos valores e pela presença da empresa no mercado. 

tulipas-cor-de-rosa-moínho-no-fundo-da-fotoEm países europeus o capital familiar está fundamentado não só no financeiro, mas também no emocional, cultural e pela adaptação constante das famílias às mudanças da sociedade, o que se reflete, na forma com que o proprietário de uma empresa familiar a administra juntamente com os familiares que também trabalham na empresa. 

Na Espanha, estima-se que existam cerca de 1,1 milhões de empresas familiares, empregando cerca de 67% da população ativa. Somada as facilidades de comercialização no mercado comum Europeu, as empresas familiares representam 60% das exportações. Participando com 65% do PIB – Produto Interno Bruto.

Entretanto, existe entre os sócios familiares a dificuldade na elaboração de Protocolos – acordos firmados entre os membros da família com o objetivo de evitar litígios entre eles, principalmente quando se trata do planejamento de sucessão referentes a geração mais velha de diretores da empresa.

A Empresa Familiar nada mais é que o fluxo de caixa de toda a família que dela tira o seu sustento, e, por esse motivo deve se ter um bom planejamento para a governança e sucessão da mesma, pois, nem todo membro de uma família está preparado para assumir os negócios da família. Também não pode haver entre os membros da família competições pessoais, tudo deve girar entorno do próprio interesse do negócio para qual a empresa foi constituída.

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Sabemos que esse tipo de empresa nasce a partir da ideia e projetos de seu fundador que será sucedido por um outro membro da família que poderá ser seu filho, um sucessor direto ou um outro parente da linha sucessória e até os afins. E é nessa sequência sucessória que o controle acionário e/ou a gestão administrativa começa a se formalizar, devendo ser tudo registrado para que os conflitos familiares separem as disputas provocadas pelos interesses de cada sucessor pelo poder, ou das várias relações trabalhistas, divisão de patrimônio não interfiram na constituição e divisão do patrimônio da empresa, senão um simples sentimento de ciúme entre irmãos poderá resultar na perda de todo um trabalho de gerações.

O processo de governança em uma empresa familiar tem por objetivo implementar normas que garantam que os interesses familiares sejam conciliados com os objetivos da empresa mantendo de forma harmoniosa o capital, a gestão e o tipo de sociedade escolhido para que a empresa exista no contexto tributário.

Planejar a sucessão da direção da empresa familiar, não significa que o fundador deva privilegiar um único sucessor, ou garantir o patrimônio de determinados membros da família e tirar tudo de outro membro da família. Também não é um processo egoísta. Pelo contrário, temos que lembrar que uma empresa familiar quando ela nasce, tem a finalidade de anteder as relações sociais no contexto maior que envolve a sociedade, portanto, essa empresa se torna uma pessoa – jurídica – para o mundo, ou seja, para o Estado, através do recolhimento de impostos, para o consumidor, aquele que irá adquirir os bens ou serviços produzidos pela nova empresa, e, para as relações trabalhistas, haja vista que, nem todos os ocupantes de funções administrativas ou laborativas de uma empresa familiar são sempre os membros da família, que, embora filhos, filhas, sobrinhos, etc., etc., também possuem direitos e deveres trabalhistas. O processo de elaboração da governança de uma empresa familiar deve prever o desenvolvimento do próprio negócio, para ter continuidade, e isso acontece quando os sucessores são bem preparados.

Na Espanha apenas 8,9% destas organizações elaboraram um protocolo familiaro que poderia evitar desacordos futuros entre as gerações de sucessores e até mesmo entre os membros da atual diretoria.

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A visão de longo prazo das famílias empreendedoras europeias e norte americanas podem servir de exemplo para quem pretende constituir uma empresa familiar para tocar um empreendimento rural.

Um exemplo de empresa familiar com uma a história de três gerações é da gigante do ‘sector hortofrutícola’ espanhola que realiza todo o processo de desenvolvimento desde as sementes até a distribuição dos seus produtos em supermercados, produzindo cenouras, batatas e cebolas.

É importante entender que essa visão de longo prazo das empresas familiares também transmite os valores culturais e tradicionais da própria família. Essas empresas possuem uma visão empreendedora o que permite maior transição e flexibilidade em tempos de crise econômica para novos nichos, o que não ocorre com a gigantes multinacionais. As tomadas de decisões dos Conselhos de família podem ser menos burocráticas, mantendo um relacionamento mais próximo com o consumidor final pode auxiliar muito na sustentabilidade do patrimônio e de sua existência a longo prazo.

A sobrevivência da empresa familiar depende muito da organização, planejamento e qualificação das pessoas que irão compor a própria empresa, independentemente de ser membro da família ou terceiro empregado. Esse processo de direcionamento da empresa, é denominado de Governança, o que veremos no próximo capítulo. 

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