EMPRESA FAMILIAR X FAMÍLIA
Possuir um negócio próprio é o sonho de muitos e as oportunidades são abundantes. Para tornar isso realidade, é necessário pesquisar, desenvolver estratégias, organizar-se, estudar e implementar tudo na prática.
Devemos entender que família não é negócio e nem deve ser negociável para início de conversa.
“Uma família , de acordo com Adán (2005) é um grupo de pessoas vinculadas por relações de parentesco, laços biológicos e sociais, que convivem entre si e cumprem funções com respeito a seus integrantes. Já a definição de empresa familiar é explicada por Bornhold (2005) como qualquer organização com vínculos que vão além dos interesses societários e econômicos, administrada por membros da mesma família”.
Vários são os exemplos de empresa familiar controlada pelo
patriarca da família, que administra os negócios, controla os membros da
família, seus agregados e empregados, posteriormente, delega ao primogênito –
homem – o dever de dar continuidade aos negócios e o controle de sua família. Esse
é o modelo de família patriarcal que controla a distribuição e administração da
terra, da política e dos meios de produção.
LEIA TAMBÉM: A FAMÍLIA E A ORIGEM DA SOCIEDADE
O QUE É EMPRESA FAMILIAR?
Uma empresa familiar nada mais é que um empreendimento
fundado por um ou vários membros de uma mesma família, que passam a trabalhar,
organizar, gerenciar, financiar e administrar uma mesma atividade econômica.
O QUE É FAMÍLIA?
Legal essa pergunta, né?
Muita gente vai responder: pai, mãe e filhos e pronto. Mas, na verdade não é tão simples assim.
É reconhecido que há diversos modelos e maneiras de constituir uma família. Na sociedade contemporânea, estão emergindo novas formas de arranjos familiares, como os 'trisais', onde três pessoas, independentemente do gênero, compartilham o mesmo lar, ou famílias que, mesmo residindo em domicílios distintos, compartilham afeto, proteção e afinidades. Há também as famílias formadas por filhos e pais adotivos, padrastos, madrastas e enteados, além de avós que assumem a responsabilidade pelo sustento e educação de netos ou bisnetos. Existem ainda as famílias monoparentais, com mulheres que criam seus filhos sozinhas ou homens que gerenciam o lar e cuidam dos filhos.
No Brasil, a Constituição Federal de 1988, deu total proteção a família a tratando como base da sociedade, portanto, todas as formas de organizam familiar, mesmo, parecendo diferente, deve ser protegida pelo Estado, pois que a ‘família é produto do sistema social e reflete o estado da cultura deste sistema’ , ou seja, embora nossa Carta Constitucional exemplifique os tipos de famílias de acordo com a relação consanguínea advinda de um homem e uma mulher, o Diploma Maior, não exclui a existência de outros modelos de entidade familiar.
O Supremo Tribunal Federal (STF), ao julgar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e a Arguição de
Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132, decidiu por equiparar a
união homoafetiva à união estável garantindo, assim, todos os direitos
conferidos pela Constituição e demais leis pertinentes à união entre pessoas do
mesmo sexo desde que, por óbvio, cumpram os requisitos estipulados por lei na
União Estável.
Finalmente, para formar uma Empresa Familiar, é necessário haver um vínculo afetivo entre os membros que se identificam como parte de uma entidade familiar, isto é, a valorização da afetividade como critério para a formação e estruturação da entidade familiar.
NOSSA! PARA QUÊ FICAR FALANDO TUDO ISSO?
Conhecer o conceito e as garantias jurídicas que resguardam os interesses da entidade familiar é fundamental. Entender sua estrutura como uma organização composta por indivíduos unidos pelo afeto e com interesses comuns facilita a gestão de uma empresa familiar, tratando-a como um negócio jurídico e não meramente como um empreendimento doméstico.
Garantir o bem-estar de todos os membros de uma família é algo que implica em responsabilidades, direito e deveres de todos.
AMOR OU ÓDIO?
A relação entre família e empresa familiar pode ser vista de ambos os ângulos. Quando bem gerenciada, com comunicação clara e uma distinção entre os papéis familiares e profissionais, a empresa pode prosperar, mantendo a harmonia familiar. No entanto, sem uma governança sólida e transparência, os conflitos familiares podem minar o sucesso do negócio, levando ao desgaste das relações e até mesmo à falência da empresa.
Conclusão:
Família e negócio podem andar de mãos dadas, desde que haja uma gestão cuidadosa. O amor entre os membros da família pode fortalecer a empresa, mas, se não forem tomadas precauções, os conflitos internos podem transformá-la em um campo de batalha. No final, o equilíbrio entre o lado emocional e o profissional é o segredo para o sucesso da empresa familiar.
INDICAÇÃO:
Existem vários filmes que ilustram o colapso de empresas familiares causado por gestão inadequada, conflitos internos ou má administração. Esses filmes destacam as tensões que aparecem quando negócios e relações pessoais se misturam, frequentemente levando ao fracasso.
No Blog Condutor Ads listei alguns exemplos para você assistir com sua família e, possivelmente, solucionar conflitos na gestão da empresa familiar.
Bom Cinema em casa!!!
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