CIDADE X EMPREENDEDORISMO
Todo empreendedor deve
ter em mente que o objetivo de seu negócio é: crescer.
E, para que isso
aconteça será necessário muita pesquisa e estudos sobre logística, clientes,
fornecedores, empregados, legislação e a atratividade do seu bairro e de sua cidade.
Vender coxinhas é simples. Toda nova empreendedora pensa assim: “Peguei uma receita de massa de coxinhas no programa feminino do canal de TV ‘X’ no horário da tarde, comecei a fazer e pronto”.
A mágica está feita.
“Agora vou colocar uma ‘plaquinha’ no portão com meu telefone para contato, colocar no Instagram umas fotos e nos grupos de WhatsApp. Venda na certa, porque minhas amigas irão comprar e sou uma empreendedora”.
Enfim, todo mundo faz isso. Vai dar certo? Claro.
Mas não da forma que você imaginou, tem muito mais coisas que podem melhorar ainda mais sua atividade econômica.
Quase sempre pensamos que o nosso empreendimento não estará contribuindo com a cidade onde moramos, ou que, o desenvolvimento da cidade não esteja diretamente afetando o empreendimento de um produtor.
“A ideia do Sebrae, quando fechamos projetos como esse, é a parceria com o município, além do fato que também investimos recursos para que possamos desenvolver as ações. Para nós, é importante auxiliar a prefeitura porque é ela que atende os empresários e esse é o público do Sebrae. Então, o nosso objetivo maior é proporcionar o desenvolvimento para as empresas, e trabalhar o Cidade Empreendedora é criar esse ambiente para o desenvolvimento”, finaliza Juliana.
Fica muito mais fácil
perceber a influência da falta de gestão pública quando o empreendedor escolhe
a zona rural para investir numa propriedade produtora. Nos centros urbanos isso não é percebido por parte do empreendedor que acaba se acostumando ou, se adequando, a falta de iluminação pública nas ruas, aos buracos no asfalto, às calçadas inadequadas, ao transporte público ruim, e por aí em diante.
A INFLUÊNCIA DA LOCALIZAÇÃO DA EMPRESA
Numa cidade onde o comércio central foi originado a partir do colonialismo religioso não desenvolve outros estabelecimentos comerciais como Cinemas, casas de Show e eventos nas proximidades de uma igreja.
Pessoas que frequentam igrejas sempre estarão propensas a adquirir produtos e artigos religiosos para contribuir com os trabalhos religiosos.
Outra característica desse público-alvo em relação a busca do consumo local está no fato, que: ao termino das reuniões religiosas os produtos que tendem a procurar estarão sempre voltados a alimentação.
É pouco provável, após um encontro religioso, o fiel, procurar por serviços como: danceterias, bares, shows, portanto, casas de espetáculos, teatros e cinemas, naturalmente, deverão ser mantidos em regiões mais distantes de igrejas.
Para o micro ou pequeno empreendedor ao tentar desenvolver uma atividade comercial voltado para o público que frequenta igrejas, deverá apenas manter um produto ou serviço para atender as expectativas desses clientes.
Religião e alimentação, com certeza é um mercado promissor.
CIDADE EMPREENDEDORA
Vamos começar a pensar
sobre como uma cidade pode ser empreendedora.
Algumas cidade como
Tubarão, Imbituba, São Martinho, Criciúma, Turvo, Imaruí, Capivari de Baixo e
Morro da Fumaça, no Estado de Santa Catarina, estão desenvolvendo projetos pilotos para serem “cidades empreendedora” em parceria
com o Sebrae estão criando estratégias empreendedoras para receber novos
investidores e auxiliar o micro e pequenos empreendedores.
Identificar o potencial econômico de uma cidade é tarefa para o prefeito e sua equipe, mas, cabe a cada munícipe dialogar com os agentes políticos e públicos para a elaboração de políticas públicas que criem um ambiente favorável para os negócios e para o desenvolvimento da economia local.
Através do incentivo aos micros e pequenos empreendedores, as cidades, poderão desenvolver-se, além de ter seu crescimento econômico e a transformação da sociedade envolvida.
Lembrando do Estatuto da Cidade temos que: através do incentivo ao
empreendedorismo podemos promover a qualidade de vida para todos os munícipes.
Para alavancar o
empreendedorismo em uma cidade, a Administração municipal, deverá promover
estratégias que visem atrair investidores e promover soluções desburocratizantes
para os micros e pequenos empreendedores.
Aí temos uma pergunta:
A sua cidade consegue atrair investimentos de acordo com a proposta ESG? (do
inglês Environmental, Social and Governance, traduzido para o português no
seguinte contexto: fatores Ambientais, Sociais e de Governança).
Se a sua cidade não tem um programa para atrair investimentos de geração de renda para todos os munícipes e, tão pouco criar novos empregos, então, tome muito cuidado, porque com certeza a administração pública local está pouco propensa a orientar e incentivar o micro e pequeno empreendedor.
As novas gerações de
investidores estão muito focados na temática ESG – preocupados com os cuidados
que uma localidade promove em relação a proteção ambiental e sua
sustentabilidade, a questão social de como o governo está cuidando da saúde
física e mental de seus cidadãos,
principalmente, agora, durante a situação pandêmica, e, também como os
governantes estão se preocupando com o fator educacional, cultural, lazer, e
demais fatores sociais que podem interferir no bem estar de seus cidadãos e,
tudo isso, ligado a competência da gestão política.
Josiane de Abreu Ribeiro
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