A TRANSIÇÃO

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EMPREENDEDOR 4.0

Vamos explorar o significado de ser um empreendedor 4.0. Estou verdadeiramente fascinado por este conceito inovador e por todas as oportunidades que o universo digital proporciona.

Durante a transição dos processos físicos para a digitalização no Tribunal de Justiça, nós advogados sentimos uma grande preocupação e receio.

No meu caso, posso afirmar que meu conhecimento de informática é bastante restrito. Antigamente, era ainda mais complicado, pois eu só sabia como ligar e desligar o computador, e isso já era o bastante para mim.

Subitamente, vi-me na necessidade de aprender a digitalizar fotos e documentos para anexá-los em processos eletrônicos. Esse aprendizado foi imposto e urgente, pois os clientes não aguardam nossa adaptação ao denominado mundo virtual, onde suas demandas e as respectivas soluções são imediatas.

Finalmente, percebemos que a realidade virtual é muito mais acessível e benéfica. Agora, é possível monitorar processos em qualquer momento e lugar através do celular, poupando recursos financeiros e, principalmente, tempo.

Ontem, estive em uma reunião com cerca de 30 empreendedoras; a mediadora conduzia de Brasília, enquanto as demais participavam de diferentes cidades do país.

Dois anos atrás, eu não poderia imaginar que participaria de reuniões assim: sentada no meu quarto, interagindo com pessoas aconchegadas em suas próprias casas. Lembro-me das vezes que saí sob a chuva para assistir a um curso, suportando longas horas de ônibus e o desconforto de cadeiras duras em salas frias. Agora, porém, tudo se tornou mais simples.

Esta é uma revolução social, econômica e cultural que visa aprimorar as relações humanas e fomentar o desenvolvimento econômico coletivo. Atualmente, a visão hierárquica está obsoleta. É essencial reconhecer que não operamos mais de forma isolada ou para um grupo restrito. Há um coletivo de indivíduos e ideias que precisa evoluir unido.

Precisando de um óculos para trabalhar?

Embora muitos ainda estejam habituados a essa dinâmica, as redes sociais, aplicativos e a virtualização das interações humanas, impulsionadas pela pandemia do Covid-19, trouxeram um novo contexto social para as relações de produção, que agora exigem que os trabalhadores se organizem em grupos. Com o trabalho em equipe, a hierarquia convencional está sendo substituída, necessitando de uma reformulação conceitual. A função do chefe se transforma na de um mentor, orientando os outros para alcançar um desempenho melhor. Todos os integrantes têm responsabilidade igual pelo resultado, seja ele positivo ou negativo, partilhando o mesmo valor entre si.

Estamos entrando em uma era de conscientização e sustentabilidade, onde não há mais espaço para comportamentos egoístas. Neste novo cenário de relações virtuais, o que realmente importa é o conteúdo que uma pessoa pode oferecer à outra.

Josiane de Abreu Ribeiro

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