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A política vista como ciência e arte de governar tem apresentado exemplos trazendo consequências e aspectos curiosos e preocupantes. Reporto-me de maneira específica à circunstância do representante da sociedade, escolhido por ela mediante sufrágio, devendo encarnar os seus anseios, necessidades e direitos, durante exercícios do mandato eletivo.
A missão de representar a população, dentro da matéria em tela, demonstra por vezes dados destoantes à luz do bom senso e da boa ética tão imprescindíveis no âmbito da respeitabilidade e confiabilidade que dizem respeito ao cidadão.
Não raras vezes deparamo-nos com a presença nefasta do patrimonialismo cuja base implica projetar o representante interesse de fundo pessoal na condução de medidas inerentes ao cargo eletivo ocupado na esfera pública. Nesse sentido encontramos a feitura de atos da parte de políticos visando auferir benesses pessoais usando o Poder Público, fator sinalizador de atraso, estagnação e prejuízos à sociedade que não vislumbra e não tem concretamente atendidas metas de infra estrutura básica na área da saúde, educação, saneamento básico, segurança pública e transporte, tornando-se a destinatária de promessas enunciadas através de retóricas e discursos muito bem articulados dentro de um linguajar sedutor de gestores públicos ou candidatos a cargos eletivos.
Cabe, neste ensejo, lembrar Max Weber mostrando-nos o poderoso compromisso interno que direciona a vocação do líder político, transcendendo a vontade de poder, conciliando a chamada “ética da convicção”, harmonizando o que seus princípios exigem e as prováveis consequências de seus atos. Assevera ainda o citado autor “... a ética da convicção e da responsabilidade não são antagonismos absolutos. Elas se complementam e, somente em conjunto, constituem o verdadeiro homem, aquele que pode ter a “vocação para a política.” (A Política Como Profissão e Vocação, pag. 366, Escritos Políticos – Grandes Nomes do Pensamento – Coleção Folha de São Paulo)
Necessário torna-se focar o vírus social da corrupção, da qual exemplo constitui a cleptocracia cujo objetivo é o ato de usufruir-se do capital financeiro, plasmando atitude de vários representantes da sociedade.
A corrupção, tão decantada pelos efeitos nocivos dela decorrente à vida social e institucional de um país caracteriza uma maneira despótica e oligárquica na gestão administrativa do bem público calcada principalmente no patrimonialismo e clientelismo.
Lamentavelmente verifica-se a presença e avanço da corrupção no terreno das instituições públicas e no cotidiano brasileiro desde o oferecimento de propina até desvio de verbas conforme tem sido objeto de apuração a participação de políticos e empresários alcançando a empresa Odebrecht.
O ícone nefasto comportamental da corrupção parece alastrar-se, desde há muito, no hábito e no modo de agir em nossa sociedade dissiminando-se em vários escalões institucionais, gerando intranquilidade, maus exemplos e estímulos à prática de nocivas condutas morais à sociedade.
Policarpo Quaresma (obra do mesmo nome de Lima Barreto) mostra-nos quão escancarado restou o uso do patrimônio público para interesses privados, bem como a prática da corrupção no cenário social brasileiro, no início da República Velha. Em época mais recente Sérgio Buarque de Hollanda, na obra “O Homem Cordial”, mostra-nos o difícil encaixe da personalidade cultural brasileira ao exercício de atividades exigindo a impessoalidade, requisito este básico ao exercício de uma gestão dentro do Poder Público.
Na repulsa e aplicação de medidas necessárias, rigorosas e eficazes no tocante à corrupção, surgem três básicos critérios – verdadeiros remédios de fundo moral, ético e de probidade administrativa – recaindo na impessoalidade, punição eficiente e exemplar e transparência.
No contexto da matéria aqui descorrida, não podemos deixar de mencionar o aspecto de relevante importância referente à figura do eleitor ensejador de uma decente, digna e justa representatividade.
Ao eleitor cabe buscar e obter informações adequadas e realistas do quadro e perfil dos postulantes às candidaturas. É o voto, a forma e o meio essencial para uma representatividade séria, honesta e decente.
Márcio Berra
Sobre o autor: Formou-se em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atuou como Promotor de Justiça do Estado de São Paulo.
Agradecemos pela oportunidade de publicar em nossas páginas essa ilustríssima obra literária que propõe muita atenção e cautela para termos um movimento de cidadania consciente e DEMOCRÁTICO.
Location:
São Paulo, SP, Brasil
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