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Dominação de Gênero: A Evolução do Papel da Mulher na História e na Sociedade
A divisão do mundo em sexo feminino e masculino está baseada nas características genéticas que constituem uma forma desigual de se promover a organização da sociedade.
A divisão social entre homens e mulheres está presente em todos os setores e espaços sociais, interagindo e interferindo diretamente na vida social de cada um desses indivíduos.
A Desigualdade Global e a Disparidade Demográfica
De acordo com dados da ONU, existem mais homens que mulheres no mundo, mas eles estão mal distribuídos pelos continentes. No Brasil, são 96,7% homens para cada 100 mulheres.
A disparidade de gênero deriva de processos como a guerra, o alcoolismo e as drogas, que durante anos resultaram na mortandade masculina em países da Europa e da Rússia, por exemplo. Em países do Oriente Médio e Asiáticos, como a China e Índia, a taxa demográfica demonstra que existem mais homens que mulheres, o que está relacionado, em parte, ao infanticídio feminino. Nos Emirados Árabes, a taxa também é influenciada pelo número de pessoas que deixam seu país de origem para viver no Oriente.
Embora o número de nascidos de sexos diferentes tenda ao equilíbrio (50/50), o direito à vida e a dignidade humana para as mulheres está muito aquém de ser igual ao dos homens em vários países, tanto ocidentais quanto orientais.
A Luta pela Emancipação: O Dia Internacional da Mulher
A luta das mulheres por melhores condições de vida e de trabalho, pelo direito ao voto e pela emancipação, inspirou a criação do Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8 de março.
Desde os primórdios da humanidade, as mulheres têm demonstrado sua força irresistível de caminhar ao lado dos homens – nem à frente, nem atrás, mas exatamente ao seu lado. De igual para igual, embora essa atitude gere todos os tipos de problemas, tanto no campo da afetividade, como no social e econômico.
Da Equidade Primitiva à Subordinação Pós Sedentarismo
Nos anos iniciais da história do homem na Terra, as mulheres ocuparam o papel social de progenitoras e recoletoras.
Houve uma época em que o matriarcado foi respeitado, especialmente devido aos longos períodos em que os machos partiam em busca de alimentos, permitindo que as fêmeas permanecessem nos grupos com seus filhos e os indivíduos mais velhos.
Um estudo recente da Universidade College London, publicado na revista “Science”, através de dados genealógicos de duas populações de tribos caçadoras coletoras (no Congo e nas Filipinas), concluiu que machos e fêmeas praticavam as mesmas atividades laborativas para buscar alimentos, o que resultava em uma equidade social.
“Segundo informou o antropólogo que liderou o estudo, Mark Dyble, a igualdade entre os sexos pode ter surgido como uma vantagem de sobrevivência. ‘A igualdade entre os sexos foi importante para as mudanças de organização social, incluindo o crescimento do cérebro e o desenvolvimento da linguagem, que distinguem os humanos’.”
O Início da Dominação: A Nova Hierarquia Social
Foi com o sedentarismo do homem que essa divisão igualitária do trabalho tomou novas feições, passando a mulher a ocupar um lugar secundário na hierarquia social.
Deixamos de ser a matriarca do clã para sermos a fêmea que procria para cuidarmos dos filhos e dos interesses caseiros dos homens. Assim, por milhares de anos, a mulher serviu aos interesses masculinos.
A própria evolução do homem e a divisão econômica dos bens impuseram à mulher uma coação física e moral, restringindo sua liberdade de expressão e sua própria vontade por milhares de anos. Na história, temos muito pouco conhecimento das atividades das mulheres que não sejam as de mantenedora do clã, coletoras e colaboradoras dos machos nas caçadas e em busca de alimentos para manter o grupo familiar.
Referência:
HTTPS://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2015/05/15/homens-e-mulheres-pre-historicos-tinham-principios-igualitarios-diz-estudo.htm

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