INOVANDO NO ENSINO DO EMPREENDEDORISMO SOCIAL: MÉTODOS ATIVOS E CRIATIVOS
DESING THINKING
Para ensinar empreendedorismo social de maneira inovadora, pode-se utilizar ferramentas como design thinking, ensino híbrido, sala de aula invertida, STEAM, maker e aprendizagem baseada em projetos. Estas metodologias ativas incentivam a criatividade, o pensamento crítico e a resolução de problemas reais, capacitando os jovens a serem agentes de mudança na sociedade.
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Foto: Freepik |
Conheçamos agora algumas ferramentas inovadoras que podem ser utilizadas para o ensino do empreendedorismo social, a primeira ferramenta que abordaremos será o Design Thinking.
O Design Thinking é uma abordagem centrada no ser humano, utilizada para identificar problemas sociais e criar soluções inovadoras. Envolve cinco fases: empatia, definição, ideação, prototipagem e testes. Esta metodologia capacita os estudantes a compreenderem os desafios da comunidade e a desenvolverem soluções criativas.
Usando técnicas de Design Thinking como observação, entrevistas e imersão, os alunos podem mapear problemas sociais relevantes tem suas comunidades. Isso desenvolve sua empatia e os ajuda a entender as necessidades reais das pessoas.
O Design Thinking não é uma metodologia, mas sim uma abordagem, e o que isso significa?
Que a intenção desse estudo é a de apresentar soluções aos problemas enfrentados pelos jovens e por suas comunidades, ou, pela própria comunidade. O que interessa é que os indivíduos em comunidade, busquem por essas respostas.
As pessoas envolvidas nesse processo de busca por soluções, são chamadas de 'stakeholders' (interessados).Este processo envolve tentar mapear e integrar a experiência cultural, a perspectiva mundial e os processos que fazem parte da vida dos indivíduos, com o objetivo de alcançar uma compreensão mais abrangente na resolução de problemas.
Algumas formas de utilizar o Design Thinking nesse contexto incluem:
1. IDENTIFICAR OS PROBLEMAS SOCIAIS NA COMUNIDADE
Através da observação, e com a realização de entrevistas e imersões, os interessados (alunos, comunidade, empreendedores, entre outros) poderão mapear os problemas socais mais relevantes na comunidade. Isso desenvolve a empatia de todos os envolvidos possibilitando entender as necessidades reais das pessoa.
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Podemos identificar os problemas de uma comunidade utilizando o Design Thinking da seguinte formas e etapas do processo de coleta de informações através da observação da realidade de todos os envolvidos:
EMPATIA
O primeiro passo é desenvolver empatia com a comunidade. Isso envolve:
- Observar as pessoas em seu ambiente natural;
- Conversar com moradores para entender suas experiências e desafios
- Imergir na comunidade para vivenciar de perto seus problemas.
Essa etapa ajuda a obter insights valiosos sobre as necessidades reais da comunidade.
GERAÇÃO DE IDEIAS
Esse é o momento em que as ideias surgem para resolver os problemas identificados. Técnicas como *braisntorming e pensamento lateral podem ajudar a:
- Gerar o máximo de ideias possíveis;
- Pensar fora da caixa;
- Combinar soluções de maneiras inovadoras.
Conheça exemplos que ilustram como essa abordagem pode ser eficaz nos processos envolvendo o empreendedorismo social, auxiliando na compreensão de seu funcionamento:
1. GE Healthcare e a Máquina de Ressonância Magnética infantil:
- A GE Healthcare, uma multinacional de diagnóstico por imagem, contratou um designer para criar uma máquina de ressonância magnética com aspectos lúdicos e infantis. O objetivo era incentivar as crianças a realizarem o exame de forma menos assustadora.
2. Instituto Legado e o Treinamento Think Inside the Box:
- Em parceria com o Instituto Legado, a consultoria em inovação Grand Designs ofereceu o Think Inside the Box, um treinamento comportamental baseado em Design Thinking;
- Durante 48 horas intensas, os participantes mergulharam no universos do Design Thinking, criando e validando rapidamente soluções inovadoras.
- Os alunos trabalharam em um projeto real apresentado pela organização Endeleza, que atua internacionalmente para promover o desenvolvimento humano e comunitário.
PROTOTIPAGEM RÁPIDA
A prototipagem rápida permite que os interessados testem e iterem suas ideias de forma ágil e barata. Eles podem criar modelos simples e obter feedback para melhorar suas soluções antes de implementá-las.
A prototipagem é uma etapa essencial para transformar ideias em artefatos tangíveis e testar e validar conceitos. Nesse processo, o foco é testar rapidamente para errar rapidamente, a um baixo custo. Vamos explorar mais sobre a prototipagem e seu papel no Design Thinking:
1. O que é Prototipagem?
- A prototipagem é a última fase do processo de Design Thinking. Ela ocorre após a fase de Ideação, onde várias ideias são geradas;
- O objetivo da prototipagem é validar as ideias criadas na fase anterior, tornando-as tangíveis e testando-as na prática;
- Durante a prototipagem, as soluções recém-criadas são representadas por modelos físicos ou digitais, permitindo que sejam testadas e verificadas.
2. Por que a Prototipagem é importante?
- A prototipagem permite:
- Testar rapidamente: Ao criar protótipos, é possível perceber rapidamente a visão dos usuários sobre um determinado produto ou serviço;
- Errar rapidamente: Se algo não funciona, é melhor descobrir cedo e com baixo custo;
- Refinar conceitos: A equipe pode afunilar suas ideias e esclarecer detalhes;
- Validar hipóteses: Os protótipos são testados junto aos usuários para validar suposições.
3.Tipos de Protótipos:
- Um protótipo pode variar em fidelidade:
- Baixa fidelidade: Representação conceitua ou análoga da solução;
- Alta fidelidade: Construção próxima da solução final.
- Exemplos de protótipos incluem esquemas em papéis, storyboards, maquetes, encenações e até interfaces gráficas de aplicativos.
4. Quando Prototipar?
- A prototipagem é útil para:
- Melhorar a experiência dos usuários (UX);
- Atualizar modelos de negócios;
- Criar novos produtos ou serviços.
- Pode ser refeita ao longo do processo, especialmente após testes e iterações.
5. Estimulando a Criatividade:
- Materiais simples, como post-its, massinhas de modelar, legos e artigos de papelaria, podem estimular o comportamento criativo.
- 'Colocar a mão na massa' é fundamental para gerar protótipos eficazes.
Após todas essas etapas o processo do Desing Thinking continua em outras fases que irão aprimorar e validar as soluções propostas. Essas fases são as seguintes:
1. Implementação:
Na fase da implementação, as soluções prototipadas são levadas ao público-alvo. Isso envolve transformar os protótipos em produtos ou serviços reais e disponibilizá-los para uso. Esse é o momento adequado para colocar um prática as ideias geradas durante a prototipação e verificar como elas se comportam no mundo real.
2. Teste e Validação:
Após a implementação, é fundamental testar as soluções com base no feedback dos usuários e ajustar conforme necessário.
O objetivo da validação é verificar se as soluções realmente atendem as necessidades das pessoas e se resolvem os problemas identificados.
3. Aprendizado Contínuo:
O Design Thinking é um processo iterativo. Portanto, mesmo após a implementação, a equipe deve continuar aprendendo e refinando as soluções com base nos resultados obtidos.
O feedback contínuo dos usuários é essencial para aprimorar e adaptar as soluções ao longo do tempo.
Lembre-se: o Design Thinking é centrado no ser humano. Ao aplicá-lo a equipe aprende a colocar as necessidades dos beneficiários no centro de suas iniciativas de empreendedorismo. Isso aumenta a relevância e o impacto de suas soluções.
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