A evolução humana segue, e o surgimento do comércio entre as
cidades faz crescer a econômica de vários Estados, o mercantilismo se torna uma
fonte de renda para alguns proprietários agrários que passam a buscar
mercadorias junto a outros povos.
Para suprir um novo mercado é necessário um aumento na mão de
obra humana para a manufatura de novos produtos. E, para suprir essas
necessidades a mão de obra feminina foi utilizada a preço muito abaixo do que
era pago aos homens, e, se estes recebiam pouco, o que imaginar dos valores
pagos as mulheres?
Para aumentar a mão de obra, a maternidade passou a ser
estimulada pela religião e a fertilidade da mulher uma graça divina. Mas, para
garantir a certeza de que a prole era sua, o esposo, restringia à liberdade de
sua esposa as dependências de sua morada. Além de garantir a sua linhagem o
homem mantendo a esposa em seus domínios garantiria também a posse de seus bens.
Bem como a forma de garantir a riqueza e o poder daquela família. Com o intuito
de preservar a propriedade das melhores terras, ou melhor, com o surgimento das
noções de livre mercado, o homem passa a escolher uma única esposa para zelar
pelo seu clã familiar. Surge a monogamia como condição para a união de um homem
e uma mulher, embora não haja nenhum interesse na manutenção da fidelidade
entre os cônjuges, mas sim, na preservação do patrimônio familiar. Ou seja,
surge uma forma de manutenção da sujeição de um sexo ao outro.
Como podemos perceber as mulheres encontram várias barreiras
culturais, religiosas e jurídicas que as limitam mantendo-as na submissão, e,
sem expressão política e social.
Estudos demonstram que a mulher foi determinante para manter a
econômica de famílias abastadas a fim de garantir a transmissão dos bens
hereditários.
Ainda para manter a continuidade da transmissão hereditária da
linhagem e dos bens, surgem os dogmas religiosos considerando o prazer sexual
pecaminoso, e, a mulher um ser inferior propensa aos ‘perigos da carne’
considerada ainda, ‘pérfidas, frívolas, luxuriosas, impulsionadas para a
fornicação’.
Tanto a Igreja quanto o Estado consideravam as mulheres, indivíduos
incapazes sem personalidade jurídica, em alguns países essa condição perdura
até nossos dias.
Na Arábia Saudita, os direitos da mulher são muito limitados em
relação aos demais países do Oriente Médio. Segundo o relatório datado de 2013
entregue ao Fórum Econômico Mundial, este país detém o maior numero de
desigualdade econômica entre gêneros. Em 2015, as mulheres sauditas tiveram um
avanço no campo da política, pois passaram a ter o direito de participar das Assembleias
Consultivas e nas eleições municipais. Em 2017, passaram a ter o direito de
dirigir um automóvel. Ainda em tempos contemporâneos precisam de um guardião,
um tutor juridicamente constituído caso não tenham contraído núpcias, e somente
com sua autorização podem fazer viagens, procedimentos médicos, abrir empresas,
etc., são as mesmas consideradas incapazes de seus gozos civis. Entretanto, as
mulheres sauditas acreditam que os seus direitos civis devem ser adquiridos de
acordo com as suas crenças, religiosidade e política local, e, não de acordo
com o modo e estilo de vida ocidental.
No Islã, homens e mulheres tem direitos iguais, porém as
mulheres devem viver submissas a seus esposos que podem adotar a poligamia no
casamento, que é permitida, desde que, o marido tenha condições econômicas para
manter todas as suas 04(quatro) mulheres em iguais condições. Em países
islâmicos as mulheres não estão restritas ao trabalho doméstico, desde que, tenham
autorização dos homens podendo trabalhar em qualquer área na qual se
especializar.
Ainda em nossos tempos, as mulheres em muitos países vivem em
condições subumanas, obrigadas a acatar a determinação de seus maridos. O que
temos é que essa agressão á mulher é uma questão sócio cultural que está
enraizada no inconsciente humano. Levando-nos a acreditar que os institutos
selvagens de dominação do sexo e do poder ainda habitam as células do corpo
humano.
Nada justifica que homens acreditem ser possível humilhar e
constranger suas companheiras violenta-las, espancá-las, matá-las. Também não é
admissível que existam mulheres que ainda creem que lugar de mulher é cuidando
da casa e da prole.
Embora, em nossos dias, muitas mulheres passaram a desempenhar
papéis e funções antes dominadas pelos homens, ainda existe muito a ser
conquistado para obter uma independência plena, econômica, moral, profissional
e jurídica para a mulher poder agir perante a sociedade em que vive com liberdade
e respeito de sua opinião.
Infelizmente, a mulher encontra certa dificuldade de manter um
espírito de equipe e organização social num grupo formado por mulheres,
principalmente, nas relações trabalhistas. A competitividade em alguns setores
profissionais seja até ser desleal. Principalmente, quando o grau de instrução
é diferente. Mulheres com mais qualificações encontram dificuldades para
ingressar ou permanecer em grupos femininos no ambiente de trabalho. Tais
fatores tornam o assedio moral entre as mulheres uma pratica nociva e, isso é
cometido sem mesmo que todas percebam, posto que ajam de acordo com a cultura
inconsciente e coletiva gerada pela dominação do patriarcado.
Outro setor da sociedade onde temos poucas mulheres atuantes
esta na política, onde existe um forte e expressivo desinteresse em participar
de grupos políticos, discussões e até mesmo no exercício de um cargo eletivo.
Poucas mulheres atuam na econômica, da administração de empresas, em cargos de
diretoria, na engenharia civil ou industrial, no agronegócio entre outras áreas
profissional ainda ocupada em grande quantidade pelos homens. O medo e o
preconceito ainda escravizam as mulheres finanças, Existem vários setores da
econômica, do direito, da educação, e entre outros setores sociais onde
mulheres não atuam por puro preconceito ou mesmo medo de iniciarem um novo
caminho.
A expansão e o crescimento da industrialização tornaram possível
o ingresso das mulheres nesse setor para trabalharem, mas, acabam não ocupando
cargo de chefia ou de direção, muitas por causa do despreparo educacional e
profissional. Aquela pequena porção de mulheres que ocupam cargo de chefia ou
diretoria recebe menos que os homens no mesmo cargo.
Nos dias de hoje ainda é expressiva a ocupação das mulheres no
mercado de trabalho em cargos que correspondam às profissões de professora,
cabeleireiras, manicures, funcionárias públicas ou na área da saúde.
Entretanto, é no setor de limpeza doméstica que encontramos o maior numero de
trabalhadoras, e em sua maioria as mulheres negras com baixo nível de
escolaridade e com os menores rendimentos.
Outra dificuldade que a grande maioria das mulheres não consegue
superar, conciliar e manter, é a relação progenitora e profissional, segundo
estudos, a maior parte das mulheres abandona o emprego cerca de um ano após o
nascimento de um filho. Também, não conseguem ter vida laboral independe da
vida profissional, chegando até mesmo a misturarem os horários das atividades
laborativas com os da atividade doméstica.
Atualmente, as mulheres ocupam muito mais funções que os homens
ao assumirem vários papeis sociais que sempre acabam por dividir o interesse
feminino e, consequentemente, o seu empenho em realizar uma única tarefa com
bom êxito como enfim, ocorre com os homens.
A dificuldade para superar preconceitos e deixar de emitir juízos
de valor sobre a nova perspectiva e realidade é uma questão cultural. Toda a
vontade de enveredar-se por novos caminhos e conquistar prêmios e posição sociais
mais elevadas como o homem é temido pela mulher, que não encara com bons olhos,
realizar uma conquista que antes era do homem.
Fato conhecido é o da mulher submetida e subjulgada pela cultura
social de dominação ao longo de séculos, através do pátrio poder. A princípio.
A liberdade e a independência de manifestação e posicionamento
social estavam intimamente ligadas ao poder econômico. Outro fator cultural que
vigora até nossos dias, a diferença social pode fazer uma mulher ter mais
acesso a determinados cargos trabalhistas em relação a outras mulheres que
devido à falta de recursos econômicos encontram dificuldades para completar sua
educação ou até mesmo conseguirem bons empregos.
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