DEVÁ MARIN: O BEM ESTAR ANIMAL PEDE PASSAGEM

1.  Quem é Devá Marin?
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R. Meu nome é Devallian Hernandez Marin, nasci em 13 de maio de 1972. Sou casado, corretor de imóveis, e, ativista da causa animal. Mogiano de coração, pois mudei para esta cidade no ano de 1985. Sou neto de espanhóis, criado por meus avós, assim pude herdar um pouco dessa cultura e de seus rigorosos preceitos morais. Meus avós construíram no Brasil, uma pequena empresa familiar, que veio a falir diante das várias crises econômicas pelas quais nosso país já passou. Então, posso dizer que: nasci em berço esplendido e, migrei drasticamente, para o desemprego e a venda de meu patrimônio para pagar dívidas. Não tenho vergonha de contar a minha história porque dela tirei toda a minha vontade de fazer algo pelos outros, e, principalmente, pelos animais. Sou formado em Direito. E, venho atuando junto à causa animal recolhendo aqueles que não tem para onde ir após serem resgatados devido ao histórico de abandono ou maus tratos cometidos. Bem, esse sou eu, caminhoneiro, corretor de imóveis, desempregado, um cidadão mogiano que sempre lutou para conseguir tudo que tenho, mas, que, deseja de todo o coração fazer mais pelos mais inocentes, que são justamente os animais. Já vi, muita coisa ruim, acontecer com eles, e, com o pouco que tenho que é a minha esperança e força de vontade, pretendo defender os direitos desses bichinhos para combater o crime que a chamada ‘humanidade’ vem cometendo contra eles.
2.  você é protetor independente de animais?
R. Sim, sou orientador para as pessoas e protetor dos animais.
3. Já participou de algum órgão público, particular ou do terceiro setor que protege animais? Como foi essa experiência?
R. Trabalhei no Fórum de Mogi das Cruzes, no Juizado Especial Criminal – JECRIM, que por muitas vezes acolhi casos de maus tratos aos animais. Já vi várias barbaridades inimagináveis que o ser humano consegue fazer para um animalzinho indefeso. Ainda no Jecrim, acompanhei os trabalhos da Promotoria, acompanhando as várias denúncias que chegavam da Delegacia. Vi muita gente ter que responder em Juízo de acordo com a Lei n. 9.099/95, tendo que reparar os danos causados pelas infrações penais e até mesmo, com a aplicação de pena não privativa de liberdade por intermédio da composição e transação penal. Transação esta que é, convertida, em serviços comunitários ou cestas básicas a serem doadas para as entidades sem fins lucrativos cadastradas junto ao Poder Judiciário que promovem o bem-estar animal.
4. O que você sente quando socorre um animal vítima de agressão? E, o que poderia ser feito pelo Poder Público para colaborar na prestação de auxilio e socorro dos animais e dos defensores da causa animal?
homem-segurando-cachorro-na-mesa-de-clinica-veterinariaR. Quando faço um resgate, quando vejo pobre bichinho sofrendo de algum modo que ali se encontra, sofro junto com ele, meu corpo toma suas dores também, pois, a maioria desses pobres animais são abandonados para morrer, e, quando não acontece isso, eles são maltratados. Deixados por vezes, sem água e comida, presos em correntes diariamente sob o sol e chuva. Já animais serem mortos por pauladas... e, ninguém, faz nada. Nossas leis ainda são tímidas. Lembro-me de certa vez ter resgatado uma cadela, aqui em nossa região, a onde eu a achei totalmente dependurada por fios de cobre em uma cinta de poste. Pior ainda: tinham cortado sua pata traseira com facão. Ela estava desfalecida quando a resgatei. A levei ao veterinário mais próximo... junto com a pata decepada, mas não havia mais jeito, pois já havia necrosado... essa cadela sofreu muito... Graças a Deus, se recuperou fisicamente, mas, a gente sabe que ela sente o trauma até hoje, pois quando dorme, ela chora e por vezes grita. O nome dela é Bella, uma Pitbul, de aproximadamente 5 anos, e, está comigo há e anos. Tratada com muito amor e carinho por mim e minha esposa. Não meço esforços em ajudar esses anjos de 4 patas... não peço ajuda para ninguém, pois, quando pedia, sempre viraram as costas para mim. Esse é um dos motivos que me faz querer entrar para a Política, para poder fazer, mais e mais, por eles, e, sem descanso. O Poder Público não faz nada para amparar os protetores e defensores, todavia, poderiam ajudar muito através de uma legislação mais benéfica para aqueles que querem zelar pelo bem-estar animal e pela saúde humana.
5.  Como desenvolver uma campanha educativa para a população acreditar que animais também sente dor, medo, que são dotados de sentimentos, e, que podem sim, sofrer depressão devido ao abandono por parte de seus ‘donos’?
R. Ao meu ver, essa conscientização tem que vir de dentro das escolas, onde através de explicações, trabalhos e palestras, ensinem as crianças e adolescentes a tratar os animais com respeito. Esse aprendizado será levado aos seus pais. Cabe também aos Municípios, desenvolver programas de saúde para o cadastramento e vacinação dos animais de estimação doméstica.
6. Quantos hospitais públicos ou Ong’s existem na cidade que prestam auxílio às animais vítimas de maus tratos e, aos proprietários de animais que não tem condições financeiras para consultas com veterinários particulares?
R. Em nossa cidade há somente o Centro de Bem-estar Animal, a onde é fornecido atendimento a cães e gatos. Os tutores desses animais devem chegar muito cedo ao posto de atendimento, a onde são fornecidas senhas, devido a quantidade de atendimentos diários. Ali são atendidos todo os tipos de animais, com as mais diversas enfermidades. No meu entender, podemos ampliar esse atendimento, e, ainda criar um 0800, para marcação de consultas e exames, obter uma máquina de raio-X para o hospital, intensificar o programa de conscientização dos tutores animais, ampliar os espaços de guarda dos animais que ficam confinados nas dependências do hospital para tratamento, contratar mais profissionais veterinários e enfermeiros, bem como, funcionários para o atendimento, e assim, diminuir a hora de espera para o atendimento veterinário. E, deixar bem, claro, que o CENTRO DE ATENDIMENTO ANIMAI não é sinônimo de ZOONOSES, como pensam algumas pessoas, cada um age de forma diferente e, são institutos públicos diferentes. Em nossa cidade ainda há algumas ONG’s que prestam serviços voluntários, e, ainda os Protetores Independentes, como eu. Pessoas que resgatam e castram animais com recursos próprios.
7. Você conhece o trabalho do Poder público em saúde animal da cidade?
R. Conheço um trabalho defasado e carente a onde faltam desde estrutura física até uma atenção eficiente aos tutores de baixa renda e o total desmazelo com os animais de rua. Se estão nas ruas é por causa do Ser ‘desumano’ que os deixou para traz por qualquer motivo que seja. Infelizmente, e, me desculpem, mas, o que mais tem é gente ruim abandonando os animais nas ruas. Essa gente dá todo o tipo de desculpas para abandonar os animais em qualquer lugar: “... aí, ele está tão sozinho! .... Aí, minha bebê nasceu e é alérgica a cachorro.... Não, tenho dinheiro... E, por aí vão as desculpas, as mentiras e mentiras para não ficar com aqueles que mais transmitem amor e não pedem nada em troca.
8. Quando falamos em defensor animal, logo, nos lembramos de cães e gatos, mas, quanto aos outros animais que existem no território municipal, como você vê e pratica a defesa de outros animais que não o gato e cachorro?
R. Sim. Todas as pessoas apenas se lembram de cães e gatos, mas quando se fala em proteção animal não podemos esquecer, principalmente, daqueles animais da área rural onde trabalham exaustivamente, às vezes sem alimentos e assistência veterinária. Algumas situações não podem ficar impune, caso, seja constato maus tratos aos animais por seus tutores. Seguindo o procedimento criminal competente para levar o agente criminoso a responder um processo criminal e, até mesmo, cumprindo pena privativa de liberdade.
9. Quais são os canais para denunciar os maus tratos contra animais domésticos e até mesmo animais para comercialização alimentar?
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R. Se alguém souber dessa pratica deve denunciar. Em 39 Municípios do Estado de São Paulo, e, na Capital, já existe o disque denúncia através do 0800-6006428, e, a onde não tem um 0800, o cidadão pode denunciar pelo 181, da Polícia Civil e Delegacias de Meio Ambiente que mantem o anonimato do nome do denunciante.
10. Você é a favor de se criar um Estatuto de Proteção e Defesa Animal e o endurecimento das leis de proteção animal?
R. Totalmente a favor, endurecendo as Leis que atualmente são flexíveis e, que, acabam inibindo de certa forma uma pena mais severa para aquele que agride um animal indefeso. Sou totalmente contra a transação Penal, pois se, o sujeito teve a coragem de matar um ser inocente como um cão, um pássaro, enfim, qualquer bicho ele também é capaz de matar um outro ser humano, então, tal pessoa, deve ser apenado por Leis mais severas e mais eficazes.
11. Recentemente, você fez a sua filiação a um Partido político em Mogi das Cruzes, certo? Você pretendente lutar pela implementação de políticas públicas quanto à causa animal?
R. Sim, estou filiado ao Partido Democratas de Mogi das Cruzes, e, meu objetivo será o de fazer uma reestruturação referente aos animais, tanto no perímetro urbano quanto no rural, promovendo projetos de leis que incentivem as campanhas educacionais para vacinação, castração, etc., promover uma maior fiscalização nos setores públicos de saúde tanto animal como humana para erradicar doenças provenientes da falta de higiene com os animais, além de promover visitas e fiscalizações surpresas para auxiliar na autuação dos agressores, lógico, que tudo isso, dentro das minhas competências como legislador e fiscalizador do cumprimento das Leis municipais existente em relação a saúde pública municipal. Embora não seja de competência de um Vereador, pretendo auxiliar ONG’s e, outras entidades sem fins lucrativos a promoverem palestras, e campanhas de conscientização para a prevenção e erradicação de maus tratos aos animais domésticos, principalmente, nos bairros periféricos do Município.
12. Já existem outros políticos que criaram Leis Municipais para defender e proteger os animais em nosso município, você tem conhecimento dessas normas e acredita que estão sendo cumpridas pelas autoridades públicas?
R. Sim. Tenho pleno conhecimento das políticas existentes onde seus autores são Vereadores municipais. Mas, como citei anteriormente, são políticas públicas flexíveis somente para ‘inglês’ ver, no jargão popular. Tem que ter opinião e participação das ONG’s, e de protetores independentes e, dos munícipes para elaboração de Leis mais severas e, onde também crie condições melhores para tutores, entidades sem fins lucrativos de amparo ao animal abandonado, e, aos cidadãos para juntos encontramos uma solução tanto contra o abandono de animais nas ruas como, também, o cuidado com a Saúde Pública de nossa cidade. Pois que, os animais estão diretamente ligados à nossa qualidade de vida, e, protege-los não é somente um ato de amor, mas, também um ato de civilidade.
13. O que você poderia dizer sobre o inciso I, do § 4º, do artigo 11, da Resolução n. 23.551, de 18 de dezembro de 2017, que assim determina:
Para efeitos desta resolução, considera-se: carro de som: qualquer veículo, motorizado ou não, ou ainda tracionado por animais, que use equipamento de som com potência nominal de amplificação de, no máximo, 10.000W(dez mil watts) e que transite divulgando jingles ou mensagens de candidatos” (TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL, 2017) ”
R. Um total absurdo. Totalmente incabível. Como se não bastasse a charrete, o homem ainda quer que o pobre animal carregue o som e conviva com esse barulho para fazer campanha Eleitoral! Tratando-se de carro com tração motora de acordo com a legislação Eleitoral tudo bem, mas, usando um animal para tal evento, reitero: acho isso uma barbaridade, por isso que digo e repito, muita coisa tem que ser revista não somente em nosso Município, mas a nível nacional.
14. O que você acha de candidatos a cargos políticos que defendem justamente a liberação de rodeios, ou a revogação da Lei de PROTEÇÃO DA FAUNA (LEI N. 5.197/67), e até mesmo a extinção de Reservas Florestais?
R. Infelizmente, algumas pessoas de nosso país e autoridades, não vêm o animal como seres vivos, que sentem dor, sentem frio, fome, medo, etc. Muita gente, apenas os vêm como objeto de caça e prestadores de serviços sem direito a nada. Somente fornecem sem poder receber nada, nem carinho. Muito triste. O dia em que nós, seres humanos, aprendermos a amar o próximo, igual a um cachorro, sem querer nada em troca e sem ter maldades no coração, o Mundo será melhor. Quanto aos rodeios, e, políticos que apoiam tal barbárie, sob o meu ponto de vista, só posso dizer que, eles acreditam que o dinheiro pode comprar tudo, até a vida ou a morte de um pobre animal indefeso. Realmente, rodeios, caça e pesca esportivas, tem que acabar definitivamente em nosso país
15.  Rinhas de galos, você sabia que existem projetos de leis, a nível federal e estadual (não cabe aqui citar nomes de deputados ou origem dos Estados que representam) que tramitam pela possível aprovação da bancada para que tais disputas continuem a existir sob a alegação de que: “tais animais lutam por instinto”? Para você: isso é um retrocesso legal? Como um legislador poderia implementar políticas públicas para conscientizar a população para acabar com essa crueldade aos animais?
R. Com Certeza é um retrocesso sobre algo que a duras penas foi conquistado, e, que agora, alguns legisladores equivocados e péssimos políticos passaram a abrandar para beneficiar aqueles que visam apenas o dinheiro. Para mim, a rinha de galo, sempre será crime, que considero hediondo.
16. Em caso de confirmar-se em possível pleito legislativo em 2020, quais seriam as suas propostas para a implementação de políticas públicas para animais no Município?
R. Minhas diretrizes e demandas estariam focadas em conscientização nas escolas para crianças e adolescentes, pois, são nas escolas que podemos trabalhar para o futuro através de palestras, abordando temas como a punição do mau feitor, vacinação, cuidados de higiene, saúde e bem-estar animal. Também promoveria um trabalho de tutela legal dos animais, a onde, os animais teriam uma família substituta até encontrar um lar.
17. Como você avalia as políticas públicas para bichos existentes no Município?
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R. Não tenho muito a avaliar, pois falta muito incentivo e bons políticos que advoguem na causa animal elaborando programas de políticas públicas eficientes para a cidade. Pois, gastasse muito, falasse muito em proteção animal e faz-se muito pouco para salvar, cuidar e zelar de um animal em perigo constante.
18. Por que você acha que a política é necessária para a causa animal?
R. Sem sombras de dúvida, pois, somente a integração de todos e planos de políticas públicas bem elaborados, podemos chegar a ter Leis eficientes para a proteção e defesa dos animais.
19. Por fim, quem ama os animais é mais sensível para encontrar soluções para os problemas e necessidades de um Município como o nosso?
R. Sim, quem ama realmente, os animais são muito mais sensíveis, e, podem enxergar possibilidades tamanhas, ao invés daquelas pessoas limitadas que, simplesmente, convivem com eles. Sempre fui protetor independente, e, resolvi me candidatar realmente, para fazer a diferença, fazendo por nossos animais o melhor que eu possa fazer. Um dia quem sabe, poderei fazer a diferença para esses animaizinhos de nosso Município muita coisa boa, e, quem sabe, se me for permitido ir além, pois todo nosso país tem que entender que os animais são seres vivos, e, que, merecem cuidado e respeito, são nossos irmãos de patas, porque falo, e, sempre falarei SOMOS TODOS IGUAIS, tanto animais, pessoas, plantas, e, etc., somos todos iguais.
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